O medo de ter outra crise pode ser pior que a própria crise. Mas você não precisa viver refém dele. Com o tratamento certo, você pode voltar a ser quem era antes.
Aprenda técnicas eficazes para lidar com os sintomas e reconquistar a tranquilidade em sua rotina.
Especialista em TCC e trantornos de ansiedade
Sou psicóloga desde 2003 e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Atuo exclusivamente com o Transtorno do Pânico e a TCC é considerada a abordagem padrão ouro no tratamento do pânico, segundo a divisão 12 da Associação Americana de Psicologia (APA), página dedicada a tratamentos psicoterapeuticos e sua evidência de eficácia.
Um ataque de pânico é caracterizado por um medo intenso que surge de forma repentina e abrupta. Em questão de minutos, uma pessoa pode atingir um pico de medo e desconforto, experimentando quatro ou mais dos seguintes sintomas: taquicardia, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, desconforto torácico, náuseas ou desconforto abdominal, tontura, calafrios ou ondas de calor, além do medo de morrer, entre outros. Em outras palavras, é como se a pessoa estivesse enfrentando um “piripaque”, sentindo que está infartando, tendo um AVC ou até mesmo morrendo. Essa sensação é tão forte que muitas vezes leva as pessoas à emergência médica. Isso faz sentido, visto que os sintomas são reais e podem ser alarmantes. O que não é real é associar os sintomas com um infarto ou AVC, o que torna uma situação extremamente confusa e difícil de compreender em um primeiro momento, mesmo que os exames médicos afirmem que está tudo bem com você.
Durante a vida, é possível que uma pessoa experimente um episódio de pânico, sem necessariamente desenvolver o transtorno. Falamos em transtorno de pânico quando, após o ocorrido, existe uma preocupação persistente sobre novos ataques de pânico e suas possíveis consequências. Além disso, você passa a estruturar sua vida para evitar que tais ataques ocorram novamente, como: não sair mais de casa ou sair apenas acompanhado, evitar atividades físicas e locais públicos, por exemplo. São mudanças que podem afetar significativamente a qualidade de vida.
O termo “crise de ansiedade” não é um conceito técnico, mas sim uma expressão popular utilizada para descrever um pico de ansiedade que pode apresentar sintomas semelhantes aos de um ataque de pânico. No entanto, é fundamental prestar atenção à causa dessa crise de ansiedade para diferenciar. Um pico de ansiedade pode ser desencadeado por uma fobia específica. Por exemplo, alguém que tem medo de injeções ou elevadores pode vivenciar uma crise de ansiedade quando se depara com essas situações. Da mesma forma, na fobia social, uma pessoa pode experimentar crises de ansiedade ao interagir socialmente ou ao falar em público. No contexto do estresse pós-traumático, lembrar-se de situações que remetem ao evento traumático pode provocar uma crise de ansiedade. Na ansiedade generalizada, a preocupação persistente sobre diversos assuntos pode gradualmente aumentar a ansiedade até que ocorra seu pico. Já os ataques de pânico são abruptos e aparentemente parecem não ter uma causa. No entanto, é desencadeada pelo medo que a pessoa tem de sentir tais reações fisiológicas.
Sim, o transtorno do pânico tem cura. O tratamento pode ser relativamente simples e eficaz, mas é importante lembrar que cada caso é único e cada pessoa tem suas particularidades. É fundamental considerar fatores como a presença de outros transtornos, a situação de vida atual, a saúde física e o uso de medicações ou substâncias, entre diversas outras informações específicas e particulares. Somente após uma avaliação cuidadosa desses aspectos é que podemos discutir sobre um prognóstico de cura. Com suporte adequado, muitas pessoas conseguem superar o transtorno do pânico completamente.
A TCC é a abordagem mais indicada para o tratamento do pânico. É considerada “padrão ouro” devido a sua comprovação científica de eficácia e eficiência no tratamento. Ela vai atuar na psicoeducação sobre o transtorno do pânico, trazendo uma compreensão mais aprofundada e associada à sua experiência, sua vivência particular. Esse entendimento é essencial para o tratamento. Também vai te habilitar a identificar a relação que você faz entre pensamentos, emoções e comportamentos, permitindo assim que você reconheça seu funcionamento e saiba regular sua emoção com autonomia para não entrar em um ciclo de pânico. Promove tolerância com a ansiedade e mais confiança para lidar com ela, além de técnicas cognitivas e comportamentais, como respiração e deslocamento de atenção. Em linhas gerais, são técnicas e intervenções baseadas em evidências e aplicadas de forma personalizada com o objetivo de remissão completa do quadro de pânico.
Em alguns casos, a medicação pode ser associada à psicoterapia para potencializar os resultados do tratamento. No entanto, esta decisão deve ser cuidadosamente avaliada em conjunto entre o psicólogo, o psiquiatra e o paciente. É fundamental que o paciente esteja devidamente informado e envolvido nesse processo, pois a decisão final é sempre do paciente.
É difícil estabelecer um prazo exato, pois cada caso é único. No entanto, é possível afirmar que quanto mais cedo você procurar ajuda, mais rápido poderá ser o tratamento. Isso se deve ao fato de que, quando o tratamento é iniciado logo após os primeiros ataques de pânico, é possível evitar que uma pessoa desenvolva estratégias desadaptativas que tornem o quadro persistente. Por outro lado, indivíduos que estão lidando com o pânico por mais de seis meses ou até anos, tendem a ter estratégias implantadas em suas vidas, muitas vezes acreditando erroneamente que elas são a chave para evitar os ataques de pânico. Isso pode gerar insegurança para abandoná-las, o que vai requerer mais tempo e cuidado. Além disso, é importante considerar que outras condições podem interferir no tempo do tratamento.
Embora a possibilidade de recaídas não possa ser descartada, retornar à estaca zero é, de fato, bastante raro. Sempre há algum ganho terapêutico ou aprendizado que perdura após o tratamento. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem estruturada, com um início, meio e fim bem definido. Ela inclui avaliações periódicas junto com o paciente para monitorar o progresso em relação às metas terapêuticas e identificar rapidamente os pontos que requerem mais atenção ou manutenção. Essa abordagem é fundamental para o sucesso do tratamento e para a prevenção de recaídas, uma vez que ela retoma pontos que ainda precisam ser trabalhados e reforçados até que a meta seja atingida.
No momento, as consultas são apenas online.
Para dar início ao tratamento, o primeiro passo é agendar uma avaliação inicial. Nesta sessão, posso entender mais o fundo do seu caso e, em seguida, explicarei detalhadamente sobre minha abordagem, que é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), e como ocorrerá o tratamento. Esse encontro é essencial não apenas para que eu possa avaliar como posso ajudá-lo, mas também para que você possa perceber se a minha abordagem faz sentido para você. É uma oportunidade privilegiada para esclarecer todas as suas dúvidas e estabelecer o acordos do processo psicoterápico. A avaliação inicial não tem custo ou compromisso. Assim, você pode participar tranquilamente. Depois dessa avaliação, se você decidir iniciar o tratamento, o processo psicoterapêutico terá início, e as sessões passarão a ser cobradas.